quarta-feira, 25 de junho de 2008

PERGUNTEI SEM SABER NINGUÉM ME DISSE, POIS EU VOU PERGUNTAR ATÉ SABER
I
Sou atento a tudo presto atenção
Querendo matar curiosidade
Quando eu não sei de uma verdade
Do assunto eu tenho dedicação
Pra saber contenho a emoção
Curioso todo mundo pode ser
Muito mais pra saber é o querer
Não acho que isso seja tolice
Perguntei sem saber ninguém me disse
Pois eu vou perguntar até saber.
II
Não gosto se alguém não fala nada
Se sabe de tudo e nunca diz
Esse sim é um ato infeliz
Mesmo sem dá a informação errada
Pergunto pra saber nesta parada
A notícia parada sem percorrer
Pergunto se alguém vai me dizer
Antes de que toda notícia partisse
Perguntei sem saber ninguém me disse
Pois eu vou perguntar até saber.
III
Eu sou muito insistente em perguntar
Embora não encontre uma resposta
Responder sei que pouca gente gosta
Respostas nem posso imaginar
Pra saber nunca vou me acanhar
Perguntar faz até gente crescer
Pergunto e sinto muito prazer
Resposta sincera sem que mentisse
Perguntei sem saber ninguém me disse
Pois eu vou perguntar até saber.
IV
A notícia acontece todo dia
Tem fleche de notícia em todo horário
Quando eu perco um noticiário
Inflação, esporte e economia
Pra saber tenho muita simpatia
Sem saber deixo tudo acontecer
Fico bem se alguém for me dizer
Saber sem que a gente partisse
Perguntei sem saber ninguém me disse
Pois eu vou perguntar até saber.
V
Não importa da notícia a origem
Importante é que eu fique sabendo
A notícia que está acontecendo
Do centro a notícia é vertigem
Profundas as notícias enraízem
O fato sempre está para acontecer
Verdadeiros todos nós podemos crer
A mentira na verdade não seguisse
Perguntei sem saber ninguém me disse
Pois eu vou perguntar até saber.
VI
Acho bom quando eu seu informado
Mas aí ninguém fala eu aborreço
Pra saber a notícia eu não esqueço
De olhar a notícia eu sou ousado
Repórter que é muito educado
Informar conforme o seu saber
Se não sei o que via acontecer
Não sabendo se passa de maluquice
Perguntei sem saber ninguém me disse
Pois eu vou perguntar até saber.

Brasília–DF, 07.06.2008
Ilton Gurgel, poeta.

Nenhum comentário: