segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A CASA ONDE NASCI

I
Relembro constantemente
Da casa onde nasci
Toda a minha infância
Nessa casa convivi
Foi lá onde me criei
Muita emoção senti.
II
Na casa que eu vivi
Lembro com a emoção
Da infância a juventude
Eu morei nesse torrão
Um lugar abençoado
O verdadeiro sertão.
III
Dela tenho inspiração
Para escrever poesia
Eu recordo o alpendre
Era onde eu dormia
O terreiro da cozinha
Eu brincava e corria.
IV
Recordo com alegria
A casa lá da Varzinha
Nela o meu pai Dezinho
Minha mãe Dona Santinha
Ela com as amizades
Nunca ficava sozinha.
V
Eu morava na Varzinha
Na cidade estudava
E no período de férias
Na Varzinha eu ficava
Os amigos de Infância
Comigo férias passava.
VI
No terreiro eu brincava
Pra todo canto eu ia
Na caiçara a plantação
De milho e melancia
Feijão verde e jerimum
Ali a gente colhia.
VII

Do alpendre a gente ouvia
As mulheres conversar
Cozinhando a comida
Tudo a gente escutar
A cozinha bem ao lado
Não dava pra separar.
VIII
Para a gente viajar
A carroça era o transporte
Puxada por um boi manso
Que era gordo e forte
Também a burra Safira
Que dava todo suporte.
IX
Do Rio Grande do Norte
Eu posso me orgulhar
Ter nascido numa casa
Lá no Sertão potiguar
Toda a minha origem
Eu vejo nesse lugar.
X
Gostava de Escutar
Era a Rádio Rural
Que era de Mossoró
Famosa terra do sal
A sua programação
Era tudo natural.
XI
Jogar bola no quintal
E brincar lá no oitão
Tomar banho no açude
Era outra diversão
Pois a casa da Varzinha
Traz muita recordação.
XII
A debulha de feijão
De noite realizava
Debaixo lá do alpendre
Onde a gente conversava
Hoje só recordação
Da casa que eu morava.

Brasília-DF, 20.09.2009
Ilton Gurgel, poeta.

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