terça-feira, 15 de setembro de 2009

QUANDO EU EIA ELA VOLTAVA, QUANDO EU VOLTAVA ELA IA

I
O que eu vou lhe dizer
Agora neste momento
Foi um desentendimento
Não deu para entender
Ninguém queria perder
Pis ninguém se entendia
Ficou uma correria
E ninguém se encontrava
Quando eu ia ela voltava
Quando eu voltava ela ia.
II
Causou uma confusão
Sendo tudo ao contrário
Cada um autoritário
Com sua opinião
Cada qual o mais turrão
Parecendo covardia
Pois tudo que eu dizia
Comigo não concordava
Quando eu ia ela voltava
Quando eu voltava ela ia.
III
Que queria viajar
E ela se divertir
Ninguém ia assumir
Qual dos dois ia errar
Pois o nosso caminhar
Na estrada eu seguia
Enquanto ela corria
Na estada eu andava
Quando eu ia ela voltava
Quando eu voltava ela ia.
IV
Nisso ninguém entendeu
Porque não era capaz
Um pra frente outro pra traz
Assim que aconteceu
Lá de tudo ocorreu
Só não teve nostalgia
Eu de noite ela de dia
A gente não encontrava
Quando eu ia ela voltava
Quando eu voltava ela ia.
V
Eu tentava ser feliz
Ela com felicidade
Com a sua vaidade
O que todo mundo diz
Ela empinou o nariz
Fez a sua fantasia
O melhor que eu sentia
Ela então se castigava
Quando eu ia ela voltava
Quando eu voltava ela ia.
VI
A história se passou
Sem a gente perceber
Não sei como entender
Assim que considerou
A gente não encontrou
A forma como seria
Gastando a energia
No corpo desperdiçava
Quando eu ia ela voltava
Quando eu voltava ela ia.

Brasília-DF, 10.09.2009
Ilton Gurgel, poeta.

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