quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ACORDAR NUMA FAZENDA

I
Acordar numa fazenda
Ouvir o galo cantar
O cheirinho do curral
Escutar o boi urrar
Badalada do chocalho
Faz a gente acordar.
II
O ar puro respirar
Lá não tem poluição
Tem o aroma das flores
Na mais pura perfeição
Pois uma fazenda traz
Paz no nosso coração.
III
Na roça colhe o melão
Banana e melancia
Ou qualquer tipo de frutas
Fresquinha do mesmo dia
Ter no café da manhã
O que melhor não teria.
IV
A mesa farta servia
Só produto de primeira
Batata doce, cuscuz
Tapioca e macaxeira
Com a manteiga da terra
E a coalhada maneira.
V
De longe a gente cheira
O café bem saboroso
Feito no fogão de lenha
Na fazenda ele é famoso
Ele torrado em cassa
Fica muito mais gostoso.
VI
O leite é saboroso
É puro e natural
Quando ferve cria nata
Que tempera sem igual
É assim que acordamos
Em uma zona rural.

VII
Com a comida normal
Aumenta a energia
Não faz falta lanchonete
Muito menos padaria
Tem a pamonha quentinha
Nada a ela igualaria.
VIII
Mais tarde tem melancia
É colhida no roçado
Milho verde com manteiga
Ele vem bem cozinhado
O melhor duma fazenda
No local é encontrado.
IX
Também tem o milho assado
É mais uma opção
Para nosso paladar
Que não faz objeção
Por isso que dou valor
A vida lá no sertão.
X
Além de ser atração
É bom para repousar
Onde curte a natureza
Cabeça desopilar
O banho de cachoeira
Água lima a escoar.
XI
Não precisa apressar
Nem olhar para a hora
O relógio é natural
É no romper da aurora
Que começa o novo dia
Para se viver agora.
XII
Eu sei que não apavora
E que o leitor entenda
Uma vida natural
Pra que a gente aprenda
É uma noite tranqüila
Acordar numa fazenda.

Brasília-DF, 26.11.2009
Ilton Gurgel, poeta.

Nenhum comentário: