quarta-feira, 28 de abril de 2010

SANSÃO E DALILA

I
Em Juízes dezessete
A história de Sansão
Que casado com Dalila
Sofreu uma traição
Versos quatro a vinte e um
Conta toda narração.
II
Pra fazer a sedução
Dalila foi procurada
Os príncipes dos filisteus
Com proposta ofertada
Para ela descobrir
A força exagerada.
III
Dalila sendo comprada
Pelas moedas de prata
Um total de mim e cem
Pra ver se ela desata
O segredo de Sansão
Que com sua força mata.
IV
A resposta ela acata
E pergunta em seguida
De onde vem tanta força
Da qual ele tem na vida
Como será dominado
E ter a luta perdida.
V
Respondendo em seguida
Pra ele ser amarrado
Com sete cordas de nervos
Sem que nunca foi usado
Ele se tornará fraco
Um homem normalizado.
VI
Dalila tendo falado
Sete cordas recebeu
E amarrando Sansão
Disse “vem o filisteu”
Como cordão de estopa
Toda corda se rompeu.

VII
E Dalila envolveu
Com um grande fingimento
Dizia era zombada
E pedindo no momento
Ele contar o segredo
Falar sem constrangimento.
VIII
Vendo o falso sofrimento
Disse se for amarrado
Com cordas novas e fortes
Ele será dominado
Outra vez para Dalila
Foi um ato humilhado.
IX
Com o jeito acanhado
Fingindo ser humilhada
Outra vez Sansão falou
E ela foi enganada
Finalmente ela insistiu
Na verdade revelada.
X
Que a força exagerada
Da qual ele nunca falha
Está na sua cabeça
Que nunca passou navalha
Ele era um nazareno
No cabelo a força atalha.
XI
Contando com a navalha
Enquanto ele dormia
Entregou os filisteus
Tipo uma mercadoria
E os olhos de Sansão
Por vingança furaria.
XII
Assim nessa covardia
Ele foi para a prisão
Trabalhou como escravo
Na maior humilhação
Por confiar na mulher
Que lhe fez a traição.

Brasília-DF, 26.04.2010.
Ilton Gurgel, poeta.

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