SUPREMA VINGANÇA DE SANSÃO
I
Entretanto os cabelos
Recomeçavam crescer
Príncipes dos filisteus
Reuniram-se pra ver
E um grande sacrifício
Pra Dagon oferecer.
II
O deus deles receber
Uma festa celebrar
Nosso deus diziam eles
Veio a gente entregar
Sansão nosso inimigo
Por isso iam louvar.
III
E gritavam sem parar
Que aquele inimigo
Que devastava a terra
Era um grande perigo
Matava os filisteus
Agora era um artigo.
IV
Sem oferecer perigo
Cego e sem condição
Escalavam todos eles
Com alegre coração
Queria se divertir
Na presença de Sansão.
V
E tirando da prisão
Sansão teve que dançar
Para que todos presentes
Pudessem dele zombar
Pondo entre as colunas
Foram Sansão colocar.
VI
E Sansão pôs a falar
Ao jovem que conduzia
Que nas colunas do templo
E da qual sustentaria
Pra poder ele tocar
Era o que Sansão queria.
VII
O templo que estaria
Príncipes dos filisteus
Tinha homens e mulheres
E todos os povos seus
Cerca de três mil pessoas
Que louvavam o seu deus.
VIII
Lotado de filisteus
No templo Sansão dançava
Mesmo temo em que ele
O Senhor o invocava
Que era o Deus Javé
Sansão a ele rogava.
IX
Sua força recobrava
Pois queria se vingar
Pela perca dos seus olhos
Que te fizeram furar
Abraçado entre as colunas
Podia se apoiar.
X
Colunas a sustentar
Todo aquele edifício
E com uma mão em cada
Pronto para o sacrifício
Sacudiu com suas forças
No seu último ofício.
XI
Matando no edifício
O povo ali presente
Morreu também as mulheres
Sansão com força potente
Matou muito mais que antes
Já que matou muita gente.
XII
A família presente
Sepultou com os seus planos
No túmulo do seu pai
Na presença dos seus manos
E Juiz em Israel
Sansão foi por vinte anos.
Brasília-DF, 27.04.2010.
Ilton Gurgel, poeta.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
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