terça-feira, 20 de julho de 2010

NUM POLÍTICO PICARETA, BOBO É QUEM ACREDITA.

I
Todo mal politiqueiro
Só pensa em ficar rico
Não tem pena nenhum tico
Do eleitor pioneiro
Pois só quer ganhar dinheiro
E na rotina maldita
Um safado que apita
Na sua própria multreta
Num político picareta
Bobo é quem acredita.
II
Só quem é alienado
Pra poder acreditar
Em quem vive a enganar
E nos deixa explorado
Vende o voto tão honrado
Por uma simples marmita
Uma festa que agita
Com o toque de corneta
Num político picareta
Bobo é quem acredita.
III
Esse aproveitador
Que explora a fé humana
Compra a preço de banana
O voto do eleitor
Querendo ser vencedor
O mal ele já cogita
Contrata mulher bonita
Pra fazer sua vinheta
Num político picareta
Bobo é quem acredita.
IV
Espalha corrupção
Que na eleição semeia
Uma coisa muito feia
Com total reprovação
Fazendo exploração
Com qualquer coisa bendita
A maldade que atrita
Pois faz até pirueta
Num político picareta
Bobo é quem acredita.
V
Com sua cara de pau
Esse vem santificado
Adversário chamado
Por ele de bacurau
Nisso causa todo mau
Toda cena se repita
Como o valor da pepita
Lapidada com marreta
Num político picareta
Bobo é quem acredita.
VI
Devia é ser banido
Só ter candidato sério
Um rigoroso critério
Compromisso assumido
Para não ficar perdido
O voto que esse frita
Ele próprio facilita
Parecendo o capeta
Num político picareta
Bobo é quem acredita.

Brasília-DF, 20.07.2010.
Ilton Gurgel, poeta.

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