sexta-feira, 16 de setembro de 2011

NINGUÉM AGRADA NINGUÉM

I
A nossa vida tirana
Tanta coisa acontece
Quando a gente não quer
A surpresa aparece
De um fato eu comento
Pois não sei se aborrece.
II
No mundo ninguém merece
Passar pela falação
Todo fato não agrada
Essa é minha conclusão
É igual ser vitimado
De uma ingratidão.
III
Aceitar corrupção
Ou manobra escondida
De político safado
Com a moral atingida
Aí sim é um bom tema
Que não fica esquecida.
IV
Tem certas coisas na vida
Difícil de entender
Ninguém gosta de ser gordo
Mas magro ninguém quer ser
Tem uns que são reservados
Outros querem aparecer.
V
A pessoa que comer
Muito chamam de guloso
Anda limpo é pilantra
Se andar sujo é seboso
Comprar briga é um besta
Se correr é um medroso.
VI
Se tem manha é dengoso
Bonito é um galã
Quem gasta tudo que ganha
Não pensa no amanhã
Se guardar é mão de vaca
Ou folha de hortelã.

VII
Quando tem pro amanhã
Não fica preocupado
Nunca agrada em sua casa
Recebendo um convidado
Esse sempre sai falando
Do que é ignorado.
VIII
Casamento ou batizado
Tem que ter a roupa nova
Que senão o falatório
Do povo que o reprova
É uma fofoca certa
Nesse tema que renova.
IX
Tem gente que só aprova
Amizade por dinheiro
Quem tem muito é amigo
Dele é interesseiro
Se não tem não é amigo
Não passa de pipoqueiro.
X
Se é calmo é um cordeiro
Agitado é um valente
Sério é antipático
Se sorrir é um contente
Não dá para agradar
Neste mundo a toda gente.
XI
Quem precisa é carente
Ou então necessitado
A pessoa mão aberta
É besta acomodado
Quem fala é linguarudo
Fofoqueiro afamado.
XII
Só estudo preparado
Dentro da Psicologia
Para entender as pessoas
O que não é teoria
Ninguém agrada ninguém
Nessa metodologia.
Brasília-DF, 17.09.2011.
Ilton Gurgel, poeta.

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