terça-feira, 6 de setembro de 2011

VÉSPERA DE FERIADO

I
Um problema conhecido
Que hoje é abordado
Eu comento neste dia
Com meu jeito arrojado
Por que se eu me calar
Considero acomodado.
II
Véspera de feriado
Quase nada funciona
Órgão público nem se fala
Antes do dia detona
Gabinete de político
Torna-se a maior zona.
III
Fica igual o Arizona
Esse famoso deserto
Aquele oportunista
Que é bastante esperto
Viajando ele carrega
Quem dele está por perto.
IV
Achando que está certo
Enforca expediente
Deixando prejudicada
A pessoa inocente
Que de um serviço público
A mesma é dependente.
V
O político simplesmente
Qualquer fato ignora
Uma falta de respeito
Que até nos apavora
Não cumpre expediente
Nem cumpre a sua hora.
VI
Se manda e vai embora
Deixa a decepção
Uma grande sacanagem
Que causa humilhação
Da tamanha safadeza
Causa grande confusão.
.
VII
Com uma preparação
Para ter o feriado
Antes eles não trabalham
Deixando prejudicado
Quem precisa do serviço
Ou qualquer necessitado.
VIII
E vai sem ser avisado
Procurar antes do dia
Que ocorre o feriado
Chega e entra numa fria
Pois não encontra ninguém
E volta de mão vazia.
IX
Cena se repetiria
Ela sempre acontece
Antes de ter feriado
O político prevalece
Com certeza no trabalho
Ele nunca aparece.
X
Esse fato entristece
Em quem nele confiou
Elegeu e deu o cargo
Porque no mesmo votou
Eleito esse demonstra
Que a todos enganou.
XI
Quem decepcionou
Ainda quer ser votado
Pra permanecer no cargo
Que por ele ocupado
Pra continuar faltando
Antes de um feriado.
XII
O povo escravizado
Já não agüenta mais
Tamanha humilhação
Que a mesma é demais
Precisamos dá um basta
Nessas cenas tão reais.
Brasília-DF, 06.07.2011.
Ilton Gurgel, poeta.

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