quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O COMÉRCIO NO NATAL




I

No ano todo ocorre

Dada comemorativa

Algumas são destacadas

E tem data expressiva

Mas a data do natal

Parece ser exclusiva.

II

Todo mundo se ativa

Fica uma correria

Para a pessoa comprar

Vira uma agonia

A compra de fim de ano

Já virou uma mania.

III

Um fato que contagia

A nossa sociedade

Vemos no consumidor

Toda a realidade

De um gasto excessivo

Sem haver necessidade.

IV

Por causa desta verdade

No período natalino

O comércio se enfeita

Parecendo um cassino

Para ver se vende mais

E não tem lucro franzino.

V

De brinquedo pra menino

A um tênis requintado

Tem roupa de etiqueta

E lançamento mostrado

Celular é campeão

Neste tempo esperado.

VI

Só sei que o resultado

Dívida para pagar

Pois venda no crediário

Ela só vem aumentar

Para o consumidor

Poder se endividar.



VII

Exploração sem parar

Surge falsa promoção

Para poder enganar

A nossa população

Comércio só quer vender

E fazer exploração.

VIII

Oferece opção

Para o consumidor

Cada produto mais caro

De um imenso valor

Por traz o comerciante

É um grande predador.

IX

Sabemos desse valor

Dessa época do natal

É uma festa pagã

Porém muito radical

Que inclina pra verdade

Do valor comercial.

X

Numa noite de natal

Tem a troca de presente

A família se reúne

Fica muito comovente

Revela amigo oculto

Mais um fato atraente.

XI

Feita a ceia decente

E sempre no mesmo clima

Também tem a bebedeira

A pessoa se anima

Mas o lucro do comércio

Ele só fica por cima.

XII

Desculpe a minha rima

Neste verso especial

Para o consumidor

Ela é fundamental

Pois falei sobre o tempo

Do comércio no natal.

Brasília-DF, 11.12.2014.

Ilton Gurgel, poeta.





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