terça-feira, 17 de agosto de 2010

EU VEJO EMPURRAR COM A BARRIGA, COMO DIZ NO PROVÉRBIO POPULAR.

I
Problemas acontecem todo dia
Não vejo nenhum ser solucionado
O povo que fica acomodado
Parece a pura demagogia
Por detrás de tudo se escondia
Quem deve o melhor exemplo dar
Deixando que possa desconfiar
Causando para o mesmo a intriga
Eu vejo empurrar com a barriga
Como diz no provérbio popular.
II
Sempre tem aquela velha manobra
Pra não ter situação resolvida
Verdade fica muito escondida
Pois muito pouca gente isso cobra
Dúvida é tudo o que nos sobra
Falta a coragem pra reclamar
Sem saber como é que vai ficar
Se para ou então ela prossiga
Eu vejo empurrar com a barriga
Como diz no provérbio popular.
III
As vezes uma investigação
Por quem tem rabo preso na parada
Sabemos que tudo não dá em nada
CPI parece com gozação
Pra passar o tempo é opção
Por que em pizza tudo acabar
Ou então o mesmo que evitar
Evitar um galho duna urtiga
Eu vejo empurrar com a barriga
Como diz no provérbio popular.
IV
O certo nada fica resolvido
Só vemos é aquele lero lero
Resolver um dia isso espero
Sem dizer que houve mal entendido
Deixando quem ouve desiludido
E até muita dúvida no ar
Como é que nós vamos confiar
Quando até a verdade então mendiga
Eu vejo empurrar com a barriga
Como diz no provérbio popular.

V
Armação acontece toda hora
Sem haver nenhuma explicação
Fazendo besta a população
Com cenas que na gente apavora
E quem faz do assunto ignora
Querendo resolver e se livrar
Pra baixo do tapete isso jogar
Esconder sujeira ou qualquer briga
Eu vejo empurrar com a barriga
Como diz no provérbio popular.
VI
E não tem jeito que a gente esqueça
Como é que de maneira acontece
Confiara eu sei que ninguém merece
Se pensar dá até dor de cabeça
Espero que um dia aconteça
Que venha a situação mudar
Que possa então se modificar
Ser igual a comida que mastiga
Eu vejo empurrar com a barriga
Como diz no provérbio popular.

Brasília-DF, 15.08.2010.
Ilton Gurgel, poeta.

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