sábado, 14 de agosto de 2010

SAÚDE PÚBLICA PEDE SOCORRO

I
Do que quero comentar
Com certeza não queria
Um problema agravante
Que ocorre todo dia
O leitor tenha certeza
Que é uma agonia.
II
Falo nesta poesia
Sobre um atendimento
No setor hospitalar
Onde a dor e sofrimento
Aumenta todo instante
Tornando-se um tormento.
III
Fica no esquecimento
O coitado paciente
Passa o dia inteiro
Cada vez bem mais doente
Pra poder ser atendido
Humilhado simplesmente.
IV
Dum serviço dependente
O povo trabalhador
Paga imposto em dia
Para o arrecadador
Vendo todo seu direito
Virar cena de horror.
V
Doente sentindo dor
Demora ser atendido
Se a gente reclamar
É logo bem ofendido
Uma falta de respeito
O que vemos em seguido.
VI
Tanto caso comovido
Na fila da emergência
A saúde que está
Numa grande decadência
Um atendimento fraco
Sem nenhuma competência.

VII
Grande a deficiência
Sem ninguém nada fazer
Torna-se grande problema
Quem é que vai resolver
Pois esta situação
Sempre vai permanecer.
VIII
Sem ninguém pra socorrer
Paciente abandonado
Esperar atendimento
Pelo chão fica jogado
Cenas que horrorizastes
Nos deixa apavorado.
IX
Paciente apavorado
Sem nenhuma condição
Que depende do serviço
Antes sofre humilhação
Por pessoas arrogantes
Que não tem preparação.
X
Entra e sai eleição
O problema continua
Quem assume não resolve
Incompetência atua
Precisamos resolver
A realidade crua.
XI
Pois é minha e é sua
A vontade de mudar
Temos que ser conscientes
Na hora que for votar
Pra dá a prioridade
A saúde melhorar.
XII
Nós podemos confirmar
A triste realidade
Caso na saúde pública
É uma calamidade
Não sabemos de que é
A responsabilidade.

Brasília-DF, 10.08.2010.
Ilton Gurgel, poeta.

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