terça-feira, 10 de agosto de 2010

VIAJAR EM ESTRADA EMPOEIRADA, FAZ LEMBRAR AS ESTRADAS DO SERTÃO.

I
Viajar contemplando a paisagem
Bonita que vemos da natureza
Sabemos que nem tudo é beleza
Problemas aparecem sem montagem
Pra isso é preciso ter coragem
Viajar quando tem a precisão
Estrada sem nenhuma condição
Além de poeira esburacada
Viajar em estrada empoeirada
Faz lembrar as estradas do Sertão.
II
O Sertão apesar do sofrimento
Faz com que a gente possa lembrar
E até na hora de viajar
Sabemos enfrentamos o tormento
No Sertão qualquer acontecimento
Pra fazer vira uma atração
Pois até viajar sem opção
Poeira tem na estrada rodada
Viajar em estrada empoeirada
Faz lembrar as estradas do Sertão.
III
Estrada sem asfalto é percorrida
Usada com carroça ou com carro
Tem o pó que se levanta do barro
Deixando atormentada a vida
Estrada nada nela é proibida
Já que não tem a sinalização
Ligando os locais à união
Bem simples e não fiscalizada
Viajar em estrada empoeirada
Faz lembrar as estradas do Sertão.
IV
Só ela para se locomover
Chamada de estrada carroçal
De barro também estrada central
Devagar nela não pode correr
Quem usa sempre pode entender
Que pode viajar em lentidão
Divide tanta da opinião
Quando a estrada está usada
Viajar em estrada empoeirada
Faz lembrar as estradas do Sertão.

V
Nós temos o progresso avançado
Hoje com toda tecnologia
Avança na vida a cada dia
Parece num fato ficou parado
Caminho pra seguir improvisado
Parece ainda sem solução
Estrada vira contaminação
Difícil de ser solucionada
Viajar em estrada empoeirada
Faz lembrar as estradas do Sertão.
VI
O Sertão que tudo é referência
Estrada não podia esquecer
Poeira que ninguém pode conter
Sem poder tomar uma providência
E assim perseguindo na seqüência
Como está é a nossa conclusão
Esperar resolver que é em vão
Já que não é oficializada
Viajar em estrada empoeirada
Faz lembrar as estradas do Sertão.

Brasília-DF, 03.08.2010.
Ilton Gurgel, poeta.

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