terça-feira, 18 de agosto de 2009

NÃO TEM NADA NO MUNDO COMPARADO, DA VIDA QUE EXITE NO SERTÃO

I
No sertão tem muita tranqüilidade
Muito bom todo modo de viver
Trabalhando ele sim pode vencer
Pois vive uma vida de verdade
Conviver no campo ou na cidade
Existe semblante de atração
Residir em toda a região
É dizer que é privilegiado
Não tem nada no mundo comparado
Da vida que existe no sertão.
II
Muito bom a vida numa fazenda
Digo até que é extraordinário
Pra viver sem precisar de horário
Um viver em que a gente entenda
Mulheres cantando fazendo renda
Alegres na maior animação
Trabalho feito com dedicação
Por elas o serviço é comandado
Não tem nada no mundo comparado
Da vida que existe no sertão.
III
Porque lá existe um bom momento
Vivido por quem lá é morador
A marca registrada é o calor
E também um pouco de sofrimento
Carregar no lombo de um jumento
Do campo transportar a produção
Leva pra mesa alimentação
Momento por Deus é abençoado
Não tem nada no mundo comparado
Da vida que existe no sertão.
IV
Conservar a limpeza do terreiro
Lugar que fica na frente da casa
Costela de bode assar na brasa
Pra depois comer com feijão tropeiro
No sertão passa o dia inteiro
Cultivando o milho e algodão
De noite na hora da oração
Por todos o horário é respeitado
Não tem nada no mundo comparado
Da vida que existe no sertão.

V
No sertão quando alguém adoece
A mulher logo vem para rezar
Pois lá tem tanta crença popular
Só na fé o milagre acontece
Muito bom no sertão quando anoitece
Conversa na disbulia de feijão
Escutar histórias de Lampião
Que viveu no nosso antepassado
Não tem nada no mundo comparado
Da vida que existe no sertão.
VI
No lugar tudo é bom e caprichoso
Pois melhor vida duvido que tenha
Cozinhar tudo em um fogão de lenha
O café no bule é tão cheiroso
O cuscuz de milho é tão famoso
Farofa de borra é tradição
Paçoca não falta na refeição
O arroz de leite bem temperado
Não tem nada no mundo comparado
Da vida que existe no sertão.


Brasília-DF, 18.08.2009
Ilton Gurgel, peota.

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