quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

PRESERVAR NOSSO SERTÃO




I

O nosso velho Sertão

Nele temos o ensejo

De uma vida melhor

Nós sentimos o desejo

E podermos preservar

Nosso quadro sertanejo.

II

Sertão que tanto cortejo

Foi lá onde eu nasci

Dei os meus primeiros paços

Nele tudo aprendi

Pois pode passar o tempo

Do Sertão nunca esqueci.

III

Sertão onde convivi

Com sua realidade

Apesar de sofredor

Da sua dificuldade

A gente vê no Sertão

Excelente qualidade.

IV

Tem sua fragilidade

Devido à estiagem

Açudes e rios secos

Que não é uma montagem

Mesmo assim o sertanejo

Nunca perde a coragem.

V

No limite duma margem

Vive a fauna e a flora

Com tanta destruição

Pois o homem ignora

Matando os animais

Fato que tanto apavora.

VI

Também não fica de fora

Sua marca registrada

O sol quente escaldante

Mata seca e tostada

Quem reside no Sertão

Esta cena é encontrada.



VII

Da fauna é escutada

A mais linda melodia

Todo o cantar da rolinha

Asa branca cantaria

O canário e o golinha

Têm a mesma sinfonia.

VIII

Tem o ronco da cotia

Também o tejuaçu

Que muitos chamam de Tejo

Cobra e o cururu

Quando morre um animal

A gente vê urubu.

IX

O peba e o tatu

Ficam na sobrevivência

E o nosso João-de-barro

Esse com inteligência

Com o bico e as asas

Constrói sua residência.

X

Bem-te-vi com a potência

Também tem sua canção

Sabiá canta no ninho

Tem medo do gavião

Tem acordes de tristeza

A cantiga do carão.

XI

Assim é nosso Sertão

Com fauna e vegetal

Precisa ser preservado

Espécie de animal

Qualquer um bichinho desse

Quem mata causa um mal.

XII

O Sertão é um local

Que deve ter proteção

Essência da natureza

É a nossa região

Pois é o nosso dever

Preservar nosso Sertão.

Brasília-DF, 08.01.2014.

Ilton Gurgel, poeta.

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