sexta-feira, 12 de junho de 2009

NA CASA QUE POBRE MORA, A VISITA É PRECISÃO

I
Pobre nasceu pra sofrer
Ele vive de teimoso
É chamado de guloso
Quando tem o que comer
Sem ninguém pra socorrer
nem dinheiro e nem pão
comer arroz e feijão
sem ter mistura agora
na casa que pobre mora
a visita é precisão.
II
Na casa que pobre fica
Fica a precisão também
Eu afirmo que não tem
Presença de gente rica
A precisão pacifica
Sua preocupação
Dia sim e dia não
O sofrer é toda hora
Na casa que pobre mora
A visita é precisão.
III
Dívida para pagar
Aumenta todo horário
Com seu baixo salário
Faz o arrocho passar
O que pensa em comprar
Só compra na prestação
Recebe fica na mão
Procurando uma escora
Na casa que pobre mora
A visita é precisão.
IV
Se olhar para o alheio
Fica todo iludido
Fica muito mais perdido
Do que cego em tiroteio
Se no pensamento veio
Vira tudo confusão
Ele já não tem mais ação
A despesa apavora
Na casa que pobre mora
A visita é precisão.
V
O pobre vive apertado
Na casa o que vai ter
É só água pra beber
Ele fica desolado
Por político é visitado
No tempo da eleição
Fazendo promessa em vão
Que depois o ignora
Na casa que pobre mora
A visita é precisão.
VI
A casa velha caindo
E sem poder reformar
Quando ele for comprar
O dinheiro já sumindo
O produto só subindo
Igualmente um foguetão
É ruim a situação
E o tempo não melhora
Na casa que pobre mora
A visita é precisão.

Brasília-DF, 12.06.2006
Ilton Gurgel, poeta.

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