sábado, 13 de junho de 2009

O DIA DE SANTO ANTONIO

I
Hoje o dia é dedicado
A um Santo milagreiro
Ele que de Portugal
É o Santo padroeiro
É dia de Santo Antonio
O Santo casamenteiro.
II
E para que é solteiro
É dia de devoção
Conta a lenda que o Santo
Faz a sua proteção
Pra quem pretende casar
Ele dá um empurrão.
III
Santo na religião
Ele é muito popular
Neste dia os pedidos
Chegam a multiplicar
De tanta moça solteira
Que pretende se casar.
IV
Querendo desencalhar
Fazendo a simpatia
Uns chamam superstição
Que praticam neste dia
Cada uma a sua crença
Com uma fé que varia.
V
O que o Santo fazia
Hoje mal interpretada
Porque essa lenda toda
É história inventada
Certo que ele em vida
Tinha essa dura jornada.
VI
Para a moça ser casada
Ela tinha que pagar
Um dote para Igreja
Onde ela ia casar
Santo Antonio não cobrava
Pra isso realizar.
VII

Quem não podia pagar
De graça ele casava
Tinha muita gente pobre
Que o dinheiro não dava
Pra pagar o casamento
Mas ele o praticava.
VIII
O Santo não explorava
Queria a união
Do casal que se amava
Juntava na formação
O ato do casamento
Fazia de coração.
IX
Era essa a intenção
Hoje tudo distorcido
O povo entende errado
Mas com a fé dá sentido
Quando em vida Santo Antonio
Viu o seu dever cumprido.
X
Um Santo muito querido
Que nasceu em Portugal
Lá na cidade de Pádua
De onde é natural
Dedicou a sua vida
Com trabalho essencial.
XI
Doutor espiritual
Sua vida dedicava
Também servido aos pobres
Que a ele procurava
Um Padre santificado
Que a todos agradava.
XII
Ele em Jesus confiava
Foi assim que ocorreu
Num dia 13 de Junho
Santo Antonio faleceu
Sua língua e a garganta
A terra nunca comeu.

Brasília-DF, 13.06.2009
Ilton Gurgel, poeta.

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