segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A MOÇA QUE TENTOU TRANSAR COM UM VELHINHO BROXADO.




I

Nossa vida tem de tudo

Por isso que tem sentido

Histórias que são contadas

Pouco gente dá ouvido

E tudo que acontece

No mundo descontraído.

II

Um homem bem sucedido

E cheio de energia

Vai ser hoje o personagem

Na história da poesia

Sobre o que tentou fazer

Que antes ele fazia.

III

Quando novo a estadia

Dele era explosão

Por isso ficou famoso

Em toda a região

Pela potência que tinha

Era tipo um garanhão.

IV

Os anos passam então

A pessoa envelhece

E na vida a mudança

De repente acontece

Os sintomas são visíveis

Com tudo que amolece.

V

Esse homem amadurece

E então continuou

A fazer o que gostava

O ato que praticou

Com tanta dificuldade

Tantas vezes só tentou.

VI

Na casa dele chegou

Uma moça atraente

Que era muito bonita

Jovem e inteligente

Ela fazia programa

Em um trabalho ardente.



VII

O homem já impotente

Mas nunca desanimou

De tentar o que queria

Quando antes praticou

Mas tentando superar

O homem sempre lutou.

VIII

Quando a moça chegou

Ele foi a procurar

Querendo o seu serviço

A quis logo contratar

Mas o que a moça via

Era de desanimar.

IX

Ela veio explicar

Que logo que recebia

O dinheiro antecipado

Jamais ela devolvia

Pois acontecesse ou não

Era sua garantia.

X

Com tanta filosofia

Aquela bela heroína

Quanto mais ela lutava

Contra aquela ruína

Que ficava muito mole

Igualmente a gelatina.

XI

E seguiu essa rotina

Até ele desistir

Viu que não adiantava

Nada ia influir

Por que contra o natural

Não podia reagir.

XII

A moça que ao sair

Achou o velho culpado

Daquela situação

Do conto aqui mostrado

Ela que tentou transar

Com um velhinho broxado.

Brasília-DF, 03.02.2013.

Ilton Gurgel, poeta.















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