sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O RAPAZ QUE NAMOROU, COM UMA MOÇA ZAROLHA.




I

Um rapaz amigo meu

Pediu pra eu escrever

O que se passou com ele

Para o povo saber

O que ele não queria

Que veio acontecer.

II

A ganância e o querer

Traz na vida confusão

Considero um perigo

Na vida a ambição

Egoísmo nem se fala

É do mesmo caldeirão.

III

Pra não ter a solidão

Esse moço estimado

Que das moças mais bonitas

Tinha sido namorado

Agora com mais de trinta

Está quase encalhado.

IV

E ele acostumado

A rejeitar casamento

Antes ele escolheu

Agora tem o momento

De poder ser escolhido

Esse é o entendimento.

V

Pra sair desse tormento

Pretendeu logo casar

Encontrando uma moça

Que tinha no seu olhar

A instalação errada

Como diz no popular.

VI

Com ela veio causar

O que ele não queria

A moça velha e feia

Uma pele não macia

A gente via no rosto

Somente antipatia.



VII

Amor sem melancolia

Não é amor verdadeiro

A gente não acredita

Quando há interesseiro

Sem respeitar sentimento

E só visa o dinheiro.

VIII

Mas voltando ao roteiro

Da história horrorosa

A moça que muito feia

Também era vaidosa

Entre todas suas famas

Era um tanto preguiçosa.

IX

Mas ela era famosa

Devido sua visão

Tinha desvio nos olhos

Nem mesmo manutenção

Arrumava a vista dela

Por causa da formação.

X

A moça que só então

Tinha olhar atravessado

Foi aquela agonia

Dela com o namorado

Ele ficava de frente

Ela olhava de lado.

XI

Com todo atrapalhado

Ela enxergava bem

Mas com o grande desvio

Ela deixava também

Uma confusão no ar

Do quadro que ela tem.

XII

O rapaz que sem ninguém

Com a moça ele ficou

E que sirva de exemplo

Para quem só rejeitou

Quem já teve namorada

E nunca valorizou.

Brasília-DF, 08.02.2013.

Ilton Gurgel, poeta.







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