sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

MORADOR DE RUA.




I

Hoje quero destacar

Um problema social

Ocorrem nos grandes centros

Ele não é virtual

E tem a presença em

Qualquer uma capital.

II

O problema é real

Não tem como evitar

O esforço que é feito

Parece só piorar

Uma guerra sem começo

E sem fim pra terminar.

III

Para solucionar

Problema que acentua

Ele que todos os dias

A presença continua

Não tem como evitar

A realidade crua.

IV

É do morador de rua

Do qual eu estou falando

Por não ter morada certa

Esse fica caminhando

Quando a pessoa vê

Já fica repudiando.

V

Problema enraizando

Cultivado e crescido

Todo morador de rua

Tem aspecto sofrido

Maioria anda sujo

Também anda mal vestido.

VI

Esse que é excluído

Da nossa sociedade

Não sabemos bem o certo

Qual sua necessidade

Não tem onde tomar banho

E passa dificuldade.



VII

Vive na fragilidade

E não tem onde morar

Não sabemos se já teve

Na vida seu doce lar

E por que esse na rua

Escolheu para habitar.

VIII

Com a mão a esticar

Pedindo para comer

Às vezes catando lixo

Pra poder sobreviver

Por não ter nada na vida

Não tem nada a perder.

IX

Alguns chegam a beber

Talvez seja maioria

Disso não tenho certeza

Tantos deles que bebia

Pois bebida causa neles

Um pouco de alegria.

X

Muita gente desconfia

Pela sua aparência

Pelo seu modo de ser

E a sua convivência

O seu modo de falar

E a sua coerência.

XI

Pela sua permanência

Sempre é hostilizado

A onde ele esteja

É bastante rejeitado

Chamado de vagabundo

Também chega a ser xingado.

XII

Não sabemos seu passado

Nem mesmo o seu futuro

O futuro pra nós todos

Sabemos que é escuro

Sei que pra sociedade

Esse é um problema puro.

Brasília-DF, 01.02.2013.

Ilton Gurgel, poeta.







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