terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

JOÃO CHIQUINHO E JOANA CHICA.




I

Tem gente que nesta vida

Vive só pra enganar

Tentando tirar proveito

Querendo se apropriar

Daquilo que não é seu

Possa beneficiar.

II

Do casal que vou falar

Tanto se identifica

Na história exibida

Aos dois especifica

Verdadeiro cambalacho

O casal se qualifica.

III

João Chiquinho e Joana Chica

Que formaram um casal

Em termos de enganar

O casal era igual

Os dois da periferia

Duma grande capital.

IV

Com pinta de general

João Chiquinho era galã

Não tinha nada na vida

Pensava no amanhã

Em ter fama e Dinho

E também bastante fã.

V

Ele com seu talismã

Conheceu Joana Chica

Perfumada e bem vestida

A beleza nela fica

E pensou logo que ela

Fosse uma mulher rica.

VI

Pensando que Joana Chica

Tinha bastante dinheiro

E o mesmo pensamento

Dela era por inteiro

Cada um para o outro

Com intuito interesseiro.



VII

E combinaram primeiro

Os dois em se encontrar

Depois de alguns acertos

Começaram namorar

Aparência e mentira

Era exposto no ar.

VIII

Todo o desenrolar

Foi tamanha confusão

João Chiquinho enganava

Chegando em um carrão

Que pegava emprestado

Com o filho do patrão.

IX

Pois não tinha condição

De um carro possuir

Para impressionar

Disfarçava em fingir

Joana Chica enganava

No seu modo de agir.

X

Não queriam assumir

Que os dois não tinha nada

Ela com roupa bonita

Que pegava emprestada

Ele só com aparência

E prestação atrasada.

XI

Uma mansão encontrada

Bem no centro da cidade

Pensou que fosse a dela

Só que na realidade

Era onde trabalhava

A dama da falsidade.

XII

Foi uma calamidade

Quando eles descobriram

Que os dois não tinha nada

Porém não se omitiram

João Chiquinho e Joana Chica

Um ao outro só mentiram.

Brasília-DF, 05.02.2013.

Ilton Gurgel, poeta.





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