EU FICO
REALIZADO, QUANDO CHEGO NO SERTÃO.
I
Amo muito o lugar
Que foi onde eu nasci
Lugar onde eu cresci
E onde fui me criar
Ele é meu bem estar
Onde está meu coração
Chegando na região
Sinto-me congratulado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
II
A minha terra natal
Deixa-me muito feliz
Está a minha raiz
Onde tudo é natural
O Sertão é sem igual
Sem contraindicação
É minha convicção
Aqui fui originado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
III
Brincadeiras eu me lembro
Quando eu era menino
O meu solo nordestino
Doido pra chegar Novembro
Pra ter férias em Dezembro
E sair da diversão
Brincadeira com peão
De tudo era brincado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
IV
Sertão é só alegria
Apesar do sofrimento
A gente vive momento
De imensa euforia
Por que é nossa bacia
E a nossa formação
E além da tradição
Que estou acostumado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
V
Corrida de argolinha
Poeira da queijada
O forró numa latada
O cantar duma rolinha
O piar da andorinha
E o grito do carão
O medo do gavião
Com o bico afiado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
VI
E a nossa culinária
Queijo quente é servido
O doce que é vendido
Uma arte centenária
Toda produção agrária
Melancia e melão
Arroz vermelho do chão
Comer com bode assado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
Mossoró-RN,
07.02.2016.
Ilton
Gurgel, poeta.
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