quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

NO SERTÃO QUANDO CHOVE A ROTINA, MELHORA E MUDA COMPLETAMENTE.
                            I
No Sertão temos sempre esperança
De termos uma boa invernada
Para ter a situação mudada
Fato que toda vontade avança
Sertanejo objetivo alcança
Quando vê uma chuva no nascente
Mudando nosso quadro de repente
Um quadro que o povo se fascina
No Sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
                       II
Acaba no Sertão a agonia
Por não ter água para se beber
Sem saber de onde que vai trazer
O que é uma grande correria
Com chuva todo açude enchia
Precisa que seja frequentemente
Para que possa ser suficiente
Chuva que dos olhos é a retina
No sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
                      III
Começa esperança no trovão
Estronda e toda pessoa escuta
É o som que parece uma batuta
Daquele que toca uma canção
Tendo a importância pro Sertão
Isso que anima a nossa gente
A seca que antes era valente
Com chuva fica verde a campina
No Sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
                      IV
A seca que é tão devoradora
E contra ela a pessoa luta
Chovendo muda toda a conduta
Vemos que chuva é esmagadora
A chuva é intermediadora
Gradua no Sertão sua patente
E disso sertanejo é consciente
A chuva pra seca é a vacina
No Sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
                         V
Com chuva tem água na cachoeira
O rio com enchente tem bascui
No Sertão é um lixo que inclui
Na margem onde fica a sujeira
A chuva é a única maneira
De ver o sertanejo bem contente
Na terra ele planta a semente
Para ter produção com vitamina
No Sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
                        VI
O gado tem a própria ração
O capim que nasce da natureza
Criado alimento com franqueza
Acaba nossa preocupação
Inverno oferece opção
A planta no roçado fica rente
Fileira plantada é na corrente
Na terra que parece heroína
No Sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
        Mossoró-RN, 17.02,2016.
             Ilton Gurgel, poeta.




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