PESSOA QUE
VIVE NA SOLIDÃO, SEMPRE TEM UM SEMBLANTE ENTRISTECIDO.
I
Para quem
tem a vida solitária
Sentindo falta
duma companhia
Dividir tristeza
e alegria
Quem a vê
até fica solidária
Sempre tem
uma vida sedentária
Exercer nesse
não tá incluído
Parece em um
canto esquecido
Por não ter
com quem faça divisão
Pessoa que
vive na solidão
Sempre tem
um semblante entristecido.
II
Aquele que
sempre fica sozinho
A gente vê
logo no seu semblante
Por não ter
uma vida tão brilhante
Sem ninguém para
te fazer carinho
Esse que
vive só sem ter o ninho
Que teve o
seu amor excluído
Eu não sei a
quem é atribuído
Achando ser
uma ingratidão
Pessoa que
vive na solidão
Sempre tem
um semblante entristecido.
III
Pessoa que
no mundo vive só
Não sei se
pra isso foi preparado
Ficar só não
está acostumado
Parece que a
vida deu um nó
Sem amor não
terá o seu xodó
E até já
fica desiludido
E o seu coração
fica ferido
Por não ter
nenhuma percepção
Pessoa que
vive na solidão
Sempre tem
um semblante entristecido.
IV
Às vezes por
causa do egoísmo
E por não
pensar na pessoa amada
Acaba só e
fica abandonada
E não tem na
vida o romantismo
Mesmo que
tem o seu brilhantismo
Acha que a
vida não tem sentido
E até fica
muito iludido
Mas no fim
perde sua união
Pessoa que
vive na solidão
Sempre tem
um semblante entristecido.
V
Tão ruim a
pessoa desprezada
Quando ao
parceiro não dá valor
Acaba ficando
sem o amor
Reclama por
que foi abandonada
Fica com a
forma angustiada
Achando que
está tudo perdido
E que não
devia ter cometido
O erro que
levou pra exclusão
Pessoa que
vive na solidão
Sempre tem
um semblante entristecido.
VI
Solidão nunca
vai se acabar
Enquanto não
houver boa conversa
Pra viver
algo só o interessa
E os dois
poderem dialogar
Pra depois
na vida não reclamar
Que no fim
acabou tudo perdido
Combinar que
nunca foi proibido
Viverem com
a mesma proporção
Pessoa que
vive na solidão
Sempre tem
um semblante entristecido.
Mossoró-RN, 22.02.2016.
Ilton Gurgel, poeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário