segunda-feira, 22 de setembro de 2008

ISTO É QUE É SERTÃO
I
Apesar de tão sofrido
Como é nosso sertão
Falta chuva e trabalho
Pra sua população
A gente vê alegria
E muita satisfação.
II
Aqui no nosso torrão
Não lá bem desenvolvido
Pela falta de inverno
Mas logo é socorrido
Situado no Nordeste
Onde o povo é sofrido.
III
Nosso tempo é bem vivido
Nós temos tranqüilidade
O povo vive em paz
Todos têm felicidade
Quem sair do meu sertão
Vai sentir muita saudade.
IV
Esta sim é a verdade
De quem é um sertanejo
Quem mora na capital
Do sertão sente desejo
Pelo menos conhecer
Isso é o que eu vejo.
V
Sou poeta sertanejo
No sertão tenho prazer
Junto com minha família
Aqui o nosso lazer
As nossas dificuldades
Dá até pra esquecer.
VI
Sertão não é só sofrer
Nós podemos superar
As nossas necessidades
Um dia vão acabar
Pelo nosso pai eterno
Quando a chuva mandar.
VII
Podemos imaginar
Gente que mora aqui
Acorda ao cantar do galo
Ouvindo a juriti
Respirando um ar puro
No vale do Apodi.
VIII
Sertanejo mora aqui
Esse grande companheiro
Vive da agricultura
Ele com pouco dinheiro
Convive com a natureza
E passa o tempo inteiro.
IX
Tem velame e juazeiro
Rica a nossa floresta
Xique-xique e macambira
Nossa flora ainda resta
Tem outra vegetação
Ao sertão é uma festa.
X
No sertão quando tem festa
É tudo especial
É festa do Padroeiro
São João, noite de natal
Tem também nosso foclore
Que é tradicional.
XI
No tempo do carnaval
Com samba e diversão
Bom mesmo é o forró
O líder da região
Nele tem todo o rítimo
Macha, xote e baião.
XII
Isto é que é sertão
A raiz da cantoria
Centro de grandes poetas
A origem da poesia
Visite nosso sertão
E sinta nossa alegria.

Caraúbas-RN, 23.10.1982
Ilton Gurgel, poeta.

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