VIVER POR VIVER (PEÇA TEATRAL)
I
Operário sofredor
É um homem massacrado
Com o seu baixo salário
É muito injustiçado
Carrega a sua cruz
Para ser crussificado.
II
Operário humilhado
Não sofra perseguição
Procure os seus direitos
Saia da humilhação
Lute e não tenha medo
Nem mesmo do seu patrão.
III
Operário meu irmão
És um homem muito forte
Apesar de oprimido
A sua falta de sorte
És uma grande potência
Por que tem um grande porte.
IV
No mundo tem pouca sorte
O nobre trabalhador
Derrama o seu suor
Este forte agricultor
É quem nos dá alimento
E ninguém lhe dá valor.
V
Também sou trabalhador
Batalho de sol a sol
Vivo servindo de isca
Pendurado em um anzol
Ou laço de armadilha
Pra pegar o roxinol.
VI
Sou um claro de farol
Para quem vai dirigir
Em uma noite escura
Já não posso nem dormir
Essa é a situação
Que nós vamos resistir.
VII
Lavadeira venha ouvir
A sua realidade
Ela trabalha demais
Pra viver com igualdade
Um salário de fome
Esta é sua verdade.
VIII
Ela não tem vaidade
Trabalha o dia inteiro
Lavadeira mulher forte
Formiga dum formigueiro
Luta com o seu trabalho
A procura de dinheiro.
IX
Eu respondo companheiro
Pela simples lavadeira
Sofre muito e trabalha
Correndo a vida inteira
E não tem quem a defenda
Essa nobre companheira.
X
Sei que não faço besteira
Sofro pelo opressor
Que vive de paletó
Um coração sem amor
Oprimindo toda classe
Inclusive o professor.
XI
Vejo tanto Senador
Ministro ou Secretário
Que não olha para o lado
De quem hoje é operário
Oprimindo a classe pobre
Com poder autoritário.
XII
Sem contar com o salário
Ajuda e proteção
Motorista e segurança
E a sua posição
Deixando o trabalhador
Sem nenhuma condição.
Caraúbas-RN, 28.12.1982
Ilton Gurgel, poeta.
sábado, 20 de setembro de 2008
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