domingo, 14 de setembro de 2008

OPRIMIDOS E OPRESSORES
I
No que eu falo agora
Traz um pouco de pavor
Interessa para aquele
Que for reconhecedor
Hoje é um oprimido
Por quem é um opressor.
II
Opressor não dá valor
Ao pobre oprimido
Vive muito sufocado
Neste mundo tão sofrido
Pelos grandes opressores
Ele é sempre perseguido.
III
Coitado do oprimido
Que sofre perseguição
A falta de assistência
Sofrendo grande opressão
Vivendo escravizado
Sem sair da repressão.
IV
Ele não tem opção
Procurar o seu direito
Viver o tempo inteiro
A ele sem dá respeito
Quando o opressor fizer
Sempre faz e fica feito.
V
Opressor é um sujeito
Que não tem humanidade
Sempre quem é opressor
Não vê a sua verdade
Mas um dia vão pagar
É lá na eternidade.
VI
Não vê a fraternidade
De um pessoal humano
Oprimido massacrado
Nunca comete engano
Pelo grande opressor
É tratado por fulano.
VII
Olho do lado humano
Como pode acontecer
O oprimido sofrendo
E o opressor não ver
Eles oprimem demais
Sem ninguém pra defender.
VIII
Para poder entender
Agora vou explicar
Trabalha o dia todo
Numa vida a explorar
Recebe baixo salário
E não pode reclamar.
IX
O que for se exaltar
Já fica desempregado
Sujeito a agressão
De sofrer, ser torturado
E com a sua família
Na rua fica jogado.
X
Ainda quer ser votado
No dia da eleição
Pois se esse não votar
É pior a opressão
Isso é um tempo liberto
ou é a escravidão?
XI
Não ta certo o patrão
Que explora por dinheiro
Acha que o oprimido
Vive só no cativeiro
Sendo ele vigiado
Como um prisioneiro.
XII
É isso meu companheiro
Você não fique zangado
Aqui falei a verdade
Se eu for hostilizado
É porque mostrei um quadro
De quem vive injustiçado.


Caraúbas-RN, 08.10.1982
Ilton Gurgel, poeta.

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