sábado, 13 de setembro de 2008

O DIA DA CRIANÇA
I
Dia 12 de outubro
É o dia da criança
Nela a gente deposita
Toda nossa esperança
Em casa brinca feliz
Nela temos confiança.
II
Algumas têm segurança
E outras são massacradas
Tem delas que quando nascem
São logo abandonadas
Outras criadas na rua
Sendo marginalizadas.
III
E outras que são jogadas
Sofrendo humilhação
Maioria passa fome
Não tem alimentação
Sem leite para tomar
Sem um pedaço de pão.
IV
A marginalização
Dessa gente quando cresce
São todos discriminados
Tanta coisa acontece
A nossa sociedade
Deste quadro se esquece.
V
Tormento quando anoitece
Sem família e sem lar
Onde está o estatuto
Seu direito de brincar
Passa frio e perigo
De alguém assassinar.
VI
Se o povo encontrar
Um menino neste estado
Não vai onde ele está
Deixa o mesmo isolado
Sem querer dar assistência
Aquele pobre coitado.
VII
Outro que fica sentado
Pedido para viver
Lutando pela defesa
Procura sobreviver
Pelas casas ele sai
A procura de comer.
VIII
O casal que socorrer
A criança e procurar
Levar e dar assistência
E a mesma adotar
Deus dará a recompensa
Coloca num bom lugar.
IX
A família que pensar
Em fazer a caridade
Em criar uma criança
Que vive da piedade
A mesma enfrenta a vida
Com muita dificuldade.
X
É muita desigualdade
Na criança hoje em dia
Umas são abandonadas
Outras são só alegria
Outras servem de brinquedos
Dos filhos da burguesia.
XI
E a minha poesia
Que falei constantemente
Sobre essa realidade
Deixa a gente descontente
Ta longe da gente ver
A criança independente.
XII
Aqui chego minha gente
Ao fim desta poesia
Peço as minhas desculpas
Do que falei neste dia
É o dia da criança
Com a minha simpatia.

Caraúbas-RN, 24.08.1982
Ilton Gurgel, poeta.

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