sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O SEMBLANTE DO SERTÃO É TÃO BONITO, QUE JESUS SE DEBRUÇA PARA OLHAR

I
O sertão feito pela natureza
Nele tem a beleza natural
Tudo que tem nele especial
Podemos ver sua grande beleza
O nascer do sol é a realeza
E o pôr do sol para observar
O reflexo que clareia o lugar
Um lugar que acalma o agito
O semblante do sertão é tão bonito
Que Jesus se debruça para olhar.
II
No sertão voam livres os passarinhos
As aves ali fazem seu viver
Aves mães que procuram o comer
Para os filhotes dentro dos ninhos
Eles que ficam os dias sozinhos
Antes que criem penas pra voar
Em vôos que possam se libertar
Pra viver eles possam dar o grito
O semblante do sertão é tão bonito
Que Jesus se debruça para olhar.
III
Asa Branca e também a juriti
Não canso de olhar esse cenário
O cantar muito lindo do canário
A rolinha a graúna e o bem-te-vi
Cantando em galhos de buriti
Sempre estão numa vida a voar
Quem ouvir possa bem apreciar
Preservar esta ato tão bendito
O semblante do sertão é tão bonito
Que Jesus se debruça para olhar.
IV
No sertão contemplamos a paisagem
Apesar do chão seco e tostado
Parece está sendo ameaçado
Mas aí vemos a bela imagem
No sertão pra fazer uma viagem
Sabemos o que vamos encontrar
O melhor que podemos contemplar
É melhor que barulho de apito
O semblante do sertão é tão bonito
Que Jesus se debruça para olhar.
V
No sertão que é tudo natural
E nele vemos em todo momento
Na hora rincha certo o jumento
Na sombra repousa a animal
De manhã com o gado no curral
Bem antes tem o galo pra cantar
Novo dia ele vai anunciar
Sem relógio com o seu canto bendito
O semblante do sertão é tão bonito
Que Jesus se debruça para olhar.
VI
E a Deus temos que agradecer
Por nos dá este tão belo presente
Pois é lá que vive a nossa gente
Natural com o jeito de viver
Encarar toda a vida e sofrer
Do sertão do qual podemos amar
E de lá eu posso me orgulhar
Dizer que o sertão não é maldito
O semblante do sertão é tão bonito
Que Jesus se debruça para olhar.

Brasília-DF, 07.11.2008
Ilton Gurgel, poeta.

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