sexta-feira, 20 de setembro de 2013

GULOSEIMAS CARAUBENSES QUE JÁ NÃO EXISTEM MAIS.


I

Caraúbas nossa terra

Tem a sua influência

Importante para os filhos

Dela lembra com freqüência

E no nosso coração

Fixa sua residência.

II

Ela tem a resistência

Do presente e do passado

O filho de Caraúbas

Já está acostumado

A vê o que nela teve

E hoje é só lembrado.

III

Neste verso inspirado

Eu pretendo detalhar

Algumas das guloseimas

Para a gente se lembrar

Que tinha em Caraúbas

Pro povo saborear.

IV

Quero exemplificar

As patas de alfinim

Feitas por João do Assú

Esse chamado assim

Que depois da sua morte

Elas chegaram ao fim.

V

Espécie de gergelim

E o grude de Floriza

Dum sabor especial

Feita de forma precisa

A gente deliciava

De maneira expressiva.

VI

Sabor que sensibiliza

Que aqui é destacado

As tapiocas de coco

Também o bolo ligado

Que por Pedro Lampião

Vendido e fabricado.



VII

Com seu jeito engraçado

Pedro com o seu perfil

Chamava os seus produtos

Todos num jeito gentil

Tapioca era a goiana

Um bolo de recifrana

E o outro de serril.

VIII

Conhecido no Brasil

Das crianças um xodó

Até hoje é tradição

O pastel de Zé Mocó

E de Maria de Tota

O caldo de mocotó.

IX

O caldo de mocotó

Servido de madrugada

Da noite que tinha festa

Pra quem vinha da balada

Quem tomava desse caldo

A ressaca era curada.

X

Da guloseima lembrada

Eu destaco de primeiro

A doce bolacha preta

Feita por Jaime Monteiro

Também a broa de goma

Desse grande companheiro.

XI

Sabores que por inteiro

Tem na lembrança da gente

A saudosa Edwirges

Com o seu cachorro quente

Quando tinha uma festa

Ela estava presente.

XII

Sabor muito atraente

Por toda população

Todas essas guloseimas

Era de grande atração

E todas em Caraúbas

Tinham boa aceitação.

Brasília-DF, 20.09.2013.

Ilton Gurgel, poeta.

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