sexta-feira, 29 de abril de 2016


GOLIAS POR DAVI FOI DERROTADO, MORRENDO O GIGANTE FILISTEU.

                       I

No livro em primeiro Samuel

Nós lemos no capítulo dezessete

A luta de um jovem que compete

Que era do povo de Israel

Foi Davi que teve esse papel

Assumir a luta permaneceu

Sabia e logo o percebeu

No senso dum pastor bem preparado

Golias por Davi foi derrotado

Morrendo o gigante filisteu.

                    II

Golias era alto e potente

E Davi tinha pouca estatura

Enfrenar a terrível criatura

Temido e também muito valente

Pra lutar não foi o suficiente

A gente sabe o que aconteceu

Pois Davi dele nãos e escondeu

Encarou o gigante com cuidado

Golias por Davi foi derrotado

Morrendo o gigante filisteu.

                   III

Davi que era um grande pastor

De todo rebanho ele cuidava

E também a harpa ele tocava

Da guerra foi o grande defensor

Sozinho sem intermediador

No dia seguinte amanheceu

Bem simples parecia um plebeu

Diante do gigante indicado

Golias por Davi foi derrotado

Morrendo o gigante filisteu.

                    IV

Golias viu Davi e desprezou

Um moço ruivo de boa aparência

Que ali tinha uma incumbência

Derrotar aquele que te zombou

Golias vendo não acreditou

E Davi falou pelo povo seu

A luta com ele se sucedeu

Golias que estava bem armado

Golias por Davi foi derrotado

Morrendo o gigante filisteu.

                  V

Um alforje que Davi o conduzia

E depois uma pedra ele pegou

Com funda essa pedra atirou

A testa de Golias atingia

Só essa arma Davi possuía

Gigante da pedrada ele morreu

Cortou a cabeça e ofereceu

E mostrou como havia declarado

Golias por Davi foi derrotado

Morrendo o gigante filisteu.

                  VI

Davi foi o grande vitorioso

Pois Davi tinha Deus na sua vida

Vitória a Deus foi atribuída

Um ato que foi muito valioso

Virou rei e depois ficou famoso

E Davi de Deus não se esqueceu

Apesar pecado que cometeu

E ele do pecado foi julgado

Golias por Davi foi derrotado

Morrendo o gigante filisteu.

        Mossoró-RN, 29.04.2016.

             Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

 

 

OS ANJOS NO CÉU FAZEM SIFONIA, QUANDO UM CRENTE CHEGA PRA MORAR.

                         I

A vida na terra é passageira

E cheia de tanta dificuldade

O crente terá sua liberdade

Pra viver no Céu a vida inteira

Aceitar Jesus que é a maneira

De poder a morada confirmar

A gente para com Jesus ficar

Motivo de imensa alegria

Os anjos no Céu fazem sinfonia

Quando um crene chega pra morar.

                        II

Os anjos lá no Céu fazem a festa

Alegra com a chegada do crente

Sabem que na terra foi a semente

Plantada para dar fruto que presta

Fazendo o trabalho que nos resta

Para que alma possa se salvar

Resgatar quem veio se desviar

Pra também entrar lá no Céu um dia

Os anjos no Céu fazem sinfonia

Quando um crente chega pra morar.

                        III

Os anjos que espantam a tristeza

Fazendo as suas linda canções

Um lugar santo e de emoções

Para lá nós iremos com certeza

Com Jesus viver toda a beleza

Sem nada para se preocupar

Apenas com os anjos ir cantar

Pra Jesus tanta linda melodia

Os anjos no Céu fazem sinfonia

Quando um crente chega pra morar.

                       IV

Eu sei que lá no Céu é tão bonito

Ao pensar eu fico emocionado

Pra morar lá já estou preparado

Com Jesus viver no lugar bendito

Por isso que eu não fico aflito

E posso aqui me tranquilizar

Tem anjos pra recepcionar

Cantando a mais linda nostalgia

Os anjos no Céu fazem sinfonia

Quando um crente chega pra morar.

                        V

A hora que por Deus é definida

Pois a Deus todo futuro pertence

A gente não precisa de suspense

Porque Deus cuida bem da nossa vida

Para Deus nossa alma é prometida

Os anjos todos vão se alegrar

As canções belas para escutar

O crente já fica em sintonia

Os anjos no Céu fazem sinfonia

Quando um crente chega pra morar.

                        VI

Ou talvez com a vinda do Senhor

Que voltar ele também prometeu

Pra levar com ele o povo seu

Deixar no Céu que é encantador

Com todos iremos fazer louvor

E também unidos vamos orar

Presente a Jesus vou adorar

E cantar com toda a energia

Os anjos no Céu fazem sinfonia

Quando um crente chega pra morar.

           Mossoró-RN, 29.04.2016.

               Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

 

 

JOSUÉ FOI O HOMEM ESCOLHIDO, PARA A MOISÉS SUBSTITUIR.
                          I
Existiu tanto do homem de fé
Destaco Efraim e Manassés
E um pra substituir Moisés
Do qual Deus escolheu foi Josué
Um homem que sempre lutou de pé
Teve um compromisso a assumir
E jamais podia se omitir
Um líder pelo seu povo querido
Josué foi o homem escolhido
Para a Moisés substituir.
                    II
Deus falou que Moisés então morreu
Cento e vinte anos de idade
Josué uma exclusividade
Assumir o povo que acolheu
E levar pro lugar que prometeu
Para lá que Moisés ia seguir
Seguindo para nunca desistir
Foi missão a ele foi aferido
Josué foi o homem escolhido
Para a Moisés substituir.
                  III
A terra bem grande em extensão
Pra Moisés já estava reservada
E por Josué administrada
Ficava depois do rio Jordão
Como igual prometeu a Abraão
Pra ela Josué pôde seguir
Sabia ninguém ia resistir
E por Deus Josué foi conduzido
Josué foi o homem escolhido
Para a Moisés substituir.
                   IV
Um papel pra quem tem capacidade
A promessa de Deus que foi perfeita
Josué a promessa não rejeita
E tinha a responsabilidade
Seu povo pra viver em liberdade
Quando do Egito foram sair
Josué corajoso pra cumprir
Tudo por ele era obedecido
Josué foi o homem escolhido
Para a Moisés substituir.
                   V
Josué que era bem corajoso
Para ter o cuidado de fazer
Segundo toda lei obedecer
E por ser um enorme caprichoso
Devia na vida ficar famoso
Apenas as ordens de Deus cumprir
Somente a Deus podia ouvir
E com Deus ficava comprometido
Josué foi o homem escolhido
Para a Moisés substituir.
                   VI
Josué que também teve cuidado
De seguir toda aquela escrita
Fazendo só o que Deus lhe permita
Pra falar e nunca ficar calado
Pois tinha muita gente do seu lado
Para que com ele fosse seguir
Resolver o problema que surgir
Seu plano nunca foi interrompido
Josué foi o homem escolhido
Para a Moisés substituir.
        Mossoró-RN, 29.04.2016.
             Ilton Gurgel, Poeta.
 
 

quinta-feira, 28 de abril de 2016


JONAS FOI ENGOLIDO POR UM PEIXE, POIS A DEUS ELE DESOBEDECEU.
                        I
Passagem no antigo testamento
Um homem real que sem personagem
Foi Jonas que comprou uma passagem
Em Jope embarcou no seu momento
E de Deus não tinha consentimento
Embarcou num navio e se deu
Que de Deus ele não se escondeu
Castigado ele próprio não se queixe
Jonas foi engolido por um peixe
Pois a Deus ele desobedeceu.
                         II
Ir para Nínive grande cidade
O lugar que Jonas devia ir
E então se dispôs para fugir
Da presença de Deus que na verdade
Protegeu Jonas com intensidade
Eu não sei foi se Jonas mereceu
Um forte vento o mar estremeceu
No porão Jonas parecia um feixe
Jonas foi engolido por um peixe
Pois a Deus ele desobedeceu.
                       III
Com vento o mar ficou agitado
Navio quase se despedaçar
Queriam cada um seu deus chamar
Jogaram carga por estar pesado
Dormindo Jonas no porão deitado
Seu sono um mestre interrompeu
Pediu que invocasse o Deus seu
E Jonas tímido pediu que deixe
Jonas foi engolido por um peixe
Pois a Deus ele desobedeceu.
                     IV
Queriam lançar gente para o mar
Para ver o mal que o atingiu
A sorte que sobre Jonas caiu
Começando a ele interrogar
Pois tinha tanta dúvida no ar
E Jonas as perguntas respondeu
Dizendo que ele era hebreu
Deus que fez que isso acontecesse
Jonas foi engolido por um peixe
Pois a Deus ele desobedeceu.
                      V
Os homens possuídos de temor
Sem saber como o mar se acalmar
Tempestade só fazia aumentar
Jogaram Jonas com muito pavor
Chegando um peixe devorador
Engoliu Jonas desapareceu
Três dias no ventre permaneceu
Orando para Deus feito um eixe
Jonas foi engolido por um peixe
Pois a Deus ele desobedeceu.
                     VI
Jonas foi pelo peixe vomitado
Na terra estava arrependido
Pois a Deus tinha desobedecido
E para Nínive tinha voltado
Para lá foi pro Deus recomendado
Cidade que a Jonas acolheu
Ao pregar também se arrependeu
Ficando como todo o seu desleixe
Jonas foi engolido por um peixe
Pois a Deus ele desobedeceu.
          Mossoró-RN, 28.04.2016.
              Ilton Gurgel, poeta.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

JESUS NO SEU DIREITO EXPULSOU, DO TEMPLO CAMBISTAS E VENDEDORS.

                             I

Em Marcos nós vemos a narrativa

Em Mateus, lemos em Lucas também

Jesus que foi para Jerusalém

E tomou atitude exclusiva

Ele dá maneira mais expressiva

Não gostou quando viu tantos horrores

O Templo casa de adoradores

Um grande comércio o encontrou

Jesus no seu direito expulsou

Do Templo cambistas e vendedores.

                           II

Entrando no Templo pediu respeito

Expulsou vendedores e fascistas

Derrubando as mesas dos cambistas

Pois Jesus estava no seu direito

Ele fez um trabalho tão perfeito

Que até achamos encantadores

Expulsou ele também compradores

De pombas e cadeiras derrubou

Jesus no seu direito expulsou

Do Templo cambistas e vendedores.

                         III

Utensílios no Templo não podia

Conduzir porque era proibido

Quando viu Jesus ficou ofendido

Daquele comércio que ele via

Pois Jesus ensinava e dizia

Falava até para pregadores

O Templo é para respeitadores

Não para quem o sentido mudou

Jesus no seu direito expulsou

Do Templo cambistas vendedores.

                        IV

O Templo é casa de oração

Para todas as nações o pertencia

Mas porém tudo que o senhor via

Era só comércio sem permissão

Ele fez uma purificação

Porque lá existiam seus valores

Virou um covil de salteadores

Fazendo que Jesus não aceitou

Jesus no seu direito expulsou

Do Templo cambistas e vendedores.

                           V

Principais escribas e sacerdotes

Ouviram as coisas e procuravam

Modo que da vida eles tiravam

No Templo existiam os magotes

Temiam pois seriam que os botes

Errados perdessem os seus rumores

Com Jesus multidão de seguidores

Apoiava o que Jesus executou

Jesus no seu direito expulsou

Do Templo cambistas e vendedores.

                        VI

Tudo que Jesus faz muito fascina

Pois nele está toda a verdade

Jesus com toda sua santidade

Sempre dá uma boa disciplina

Em quem faz atitude clandestina

Pois Templo é lugar para clamores

Receber também os frequentadores

Um lugar onde Deus abençoou

Jesus no seu direito expulsou

Do Templo cambistas e vendedores.

           Mossoró-RN, 28.04.2016.

               Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

quarta-feira, 27 de abril de 2016


DEUS ENCHEU MINHA MENTE DE POESIA, PRA PODER O MEU VERSO EU MOSTRAR.

                            I

Quando Deus criou a humanidade

Já criou cada um com seu destino

Vocação nós temos um faro fino

Pra fazer toda a nossa vontade

Cada um tem a mesma igualdade

Pra sua vontade realizar

E também pode se qualificar

Fazendo tudo com a alegria

Deus encheu minha mente de poesia

Pra poder o meu verso eu mostrar.

                          II

O Senhor Deus me deu inspiração

Disso eu fico muito agradecido

Pois verso pro poeta faz sentido

Fala além duma imaginação

Cabeça de poeta é o galpão

Que pode o verso armazenar

E fala na hora de recitar

Para quem gosta é a cortesia

Deus encheu minha mente de poesia

Pra poder o meu verso eu mostrar.

                        III

Sou poeta por isso sou feliz

A rima faz parte da minha vida

Na mente nunca fica esquecida

O verso enfincado na raiz

Poema quando o poeta diz

Desejo o mesmo realizar

O tema na hora que abordar

Não importa que tenha fantasia

Deus encheu minha mente de poesia

Pra poder o meu verso eu mostrar.

                       IV

Deus está sempre me orientando

Com verso que bora na minha mente

O que é para mim suficiente

Na hora em que estou declamando

O povo que lendo ou escutando

Tudo que em veros eu vou falar

Pois só Deus é quem faz me inspirar

Meu verso é só ele quem envia

Deus encheu minha mente de poesia

Pra poder o meu verso eu mostrar.

                        V

Assunto para eu fazer a rima

Eu tenho no crânio acumulado

Poeta está sempre preparado

Pra fazer algo que sempre anima

Criando pra pessoa um bom clima

Supera que pode dificultar

Quando o poeta for preparar

Seu verso só em Deus ele confia

Deus encheu minha mente de poesia

Pra poder o meu verso eu mostrar.

                         VI

Vejam que o poeta tem valor

Foi de Deus que eu ganhei este dom

Sou poeta e acho muito bom

Quando o verso faço com amor

Eu sei que nunca é constrangedor

Pessoa um verso observar

A mente é quem pode exportar

O verso que a mesma guardaria

Deus encheu minha mente de poesia

Pra poder o meu verso eu mostrar.

           Mossoró-RN, 27.04.2016.

                Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

 

O POLÍTICO FAZ A SUA CAMUFLAGEM, PRA PODER ENGANAR O ELEITOR.
                           I
O político é um profissional
Que na vida só sabe enganar
Proveito para beneficiar
Achando que o que faz é normal
Bem manso no pleito eleitoral
Promete até um jardim com flor
Sabe que luta com o amador
Camufla na hora da abordagem
O político faz a sua camuflagem
Pra poder enganar o eleitor.
                      II
Candidato é cheio de maldade
Um lobo disfarçado de cordeiro
Mentindo fica o tempo inteiro
Falando com a naturalidade
Semblante de uma fragilidade
Diz que é um intermediador
Na cara falsa finge o humor
Faz parte dessa sua engrenagem
O político faz a sua camuflagem
Pra poder enganar o eleitor.
                     III
Quando é no tempo da eleição
Sabe que o voto é importante
Pensando no futuro adiante
Ter poder e fazer corrupção
O plano sempre é na contramão
Só ele mesmo é quem dá valor
Fingindo ser um reconhecedor
Promete com sua falsa imagem
O político faz a sua camuflagem
Pra poder enganar o eleitor.
                    IV
Achamos uma falta de respeito
O tempo que a pessoa espera
Pra falar com ele que é a fera
Dar maçada se acha no direito
Com cara de pau não tem bom conceito
Não passa dum grande enganador
O besta dele é bajulador
E esconde a sua sacanagem
O político faz a sua camuflagem
Pra poder enganar o eleitor.
                      V
Tentando o eleitor enganar
Discursa só com palavra bonita
Para ver se o povo acredita
Pra ele o voto angariar
Esse vem na hora de abordar
Para ver se fica a seu favor
Não passa de um especulador
Marcado igual uma tatuagem
O político faz a sua camuflagem
Pra poder enganar o eleitor.
                     VI
Eleitor não queira ser enganado
Pense bem na hora que for votar
Primeiro precisa analisar
Para não dá o seu voto errado
E aqui eu deixo o meu recado
Problema que fui o demonstrador
Não votar em quem pratica horror
Fingir de bom esse tem coragem
O político faz a sua camuflagem
Pra poder enganar o eleitor.
          Mossoró-RN, 26.04.2016.
               Ilton Gurgel, poeta.
 
 

terça-feira, 26 de abril de 2016


A CHUVA FOI EMBORA DO SERTÃO, A SECA JÁ COMEÇA APARECER.

                            I

O Sertão que é muito sofredor

A seca é uma calamidade

Existe a grande necessidade

Que passa o querido produtor

E o que ocorre é um terror

Com tudo que venha acontecer

Pouca é a água para beber

Também pouca alimentação

A chuva foi embora do Sertão

A seca já começa aparecer.

                    II

A chuva que não foi o necessário

Para dar ao Sertão tranquilidade

Inverno que foi menos da metade

Deixando seco o nosso cenário

O quadro do Sertão que é precário

Sem chuva todo mundo pode ver

Plantação pouco tem para colher

Causando tanta preocupação

A chuva foi embora do Sertão

A seca já começa aparecer.

                  III

Começa a luta que não tem fim

Esse é um problema crucial

Pois sem ter alimento natural

O pasto, a rama e o capim...

No Sertão numa seca é assim

Sem ninguém que possa nos socorrer

O político que só faz é prometer

Mas aí não envia solução

A chuva foi embora do Sertão

A seca já começa aparecer.

                   IV

Sabemos chuva só ano que vem

Rápido foi a nossa invernada

Vamos ter a água racionada

E muita preocupação também

Porque o pouco recurso que tem

Não vai dar para nos abastecer

Esperança que nós poderemos ter

Somente no autor da criação

A chuva foi embora do Sertão

A seca já começa aparecer.

                   V

Pássaros cantavam com alegria

Cada um animando a floresta

Pra eles tudo era uma festa

Toda a alegria produzia

Mas aí a seca sem anistia

Eles não tinham mais o que comer

Voaram pra poder sobreviver

Asa Branca e também a ribação

A chuva foi embora do Sertão

A seca já começa aparecer.

                 VI

A chuva que o começo do ano

Foi pouca e açude não encheu

Volume de água que recebeu

Ficou bem abaixo do nosso plano

Previsto para nosso ser humano

Que aqui já nem pode entender

Tudo que aqui possa ocorrer

Precária é nossa situação

A chuva foi embora do Sertão

A seca já começa aparecer.

       Mossoró-RN, 26.04.2016.

            Ilton Gurgel, poeta.

 

 

FALTA ÁGUA NA MANGA PARA O GADO, SOBRA ÁGUA NOS OLHOS DO VAQUEIRO.
                              I
No Sertão nós temos uma figura
Pro gado é um profissional
Cuida bem do rebanho animal
O gado adoece e ele cura
Vaqueiro que é uma criatura
Humano que do gado é parceiro
Sem chuva resta água no barreiro
Secando fica tão desesperado
Falta água na manga para o gado
Sobra água nos olhos do vaqueiro.
                         II
A água que é uma raridade
No sertão que para abastecer
Precisa o carro pipa trazer
Vaqueiro fica com ansiedade
O gado morre com fragilidade
Sem água sua sede vem primeiro
Pro sofrer que é um tiro certeiro
O dono fica tão angustiado
Falta água na manga para o gado
Sobra água nos olhos do vaqueiro.
                        III
Vaqueiro vendo a situação
Do gado cuida com tanto carinho
É triste tanger ele no caminho
Pra beber só a lama do porão
Por que a seca do nosso Sertão
Começa esperança em Janeiro
E depois que acaba Fevereiro
Em Março já fica preocupado
Falta água na manga para o gado
Sobra água nos olhos do vaqueiro.
                        IV
No Sertão acabou toda pastagem
O capim já secou com o sol quente
A água existia na nascente
Já secou por causa da estiagem
Vaqueiro não perde sua coragem
Trabalha sem ter décimo terceiro
Sem féria e o bolso sem dinheiro
Por amor é muito determinado
Falta água na manga para o gado
Sobra água nos olhos do vaqueiro.
                        V
Com isso começa logo a chorar
Sozinho trabalha sem ter ajuda
Não existe ninguém que o acuda
E sem ter chuva para melhorar
Água só nos olhos pra derramar
Escorre desse fiel escudeiro
É assim nosso Sertão brasileiro
Vaqueiro com sentimento mostrado
Falta água na manga para o gado
Sobra água nos olhos do vaqueiro.
                      VI
Do gado ele faz sua defesa
Chamando com o jeito a aboiar
Atende o gado ao escutar
Um fato feito pela natureza
Porém um quadro com tanta tristeza
Sem água fica o tempo inteiro
Esse vai correndo muito ligeiro
E não vê o rebanho saciado
Falta água na manga para o gado
Sobra água nos olhos do vaqueiro.
         Mossoró-RN, 25.04.2016.
              Ilton Gurgel, poeta.