O SERTÃO É SOFREDOR, MAS É BOM DE SEM MORAR
I
Meu sertão velho querido
Cheio de cabra da peste
Infiltrado no nordeste
Do seu povo tão sofrido
Por aqui bem recebido
Quem vier nos visitar
Podemos observar
Ao sertão temos amor
O sertão é sofredor
Mas é bom de se morar.
II
Quando chove tem fartura
E tem muita diversão
Conservar a tradição
Feita pela criatura
No sertão a vida é dura
Mas tem tempo pra brincar
Assim podemos amar
E assim damos valor
O sertão é sofredor
Mas é bom de se morar.
III
Nele tem tranqüilidade
Boa alimentação
O milho e o feijão
É de boa qualidade
O povo tem liberdade
E tranqüilo pode andar
Bom pra gente caminhar
E viver sem ter pavor
O sertão é sofredor
Mas é bom de se morar.
IV
No sertão tem cantoria
E dança de papangu
Tem folclore e tem pitu
Procissão e romaria
É uma vida sadia
Todos podem desfrutar
Religião pra rezar
Com o santo protetor
O sertão é sofredor
Mas é bom de se morar.
V
Quem não gostar do sertão
Não sabe o que é bom
Pois nele existe um dom
Nessa linda região
Não existe ambição
Tem forró para dançar
A seresta ao luar
Pelo povo tem valor
O sertão é sofredor
Mas é bom de se morar.
VI
O sertão é bom demais
Tudo a gente se anima
O poeta faz a rima
As pessoas são iguais
Tradição dos nossos pais
Com histórias pra contar
Nosso estado potiguar
Caraúbas tenho amor
O sertão é sofredor
Mas é bom de se morar.
Caraúbas-RN, 22.12.1982
Ilton Gurgel, poeta.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
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