quinta-feira, 17 de julho de 2008

O SERTÃO É UM PEDAÇO, DO CORAÇÃO DO BRASIL
I
Sertão velho e conhecido
Origem da entoada
Cantoria e vaquejada
Nele tudo faz sentido
Sertanejo é sofrido
Nós vemos no seu perfil
Um nato homem gentil
Que no mundo tem espaço
O sertão é um pedaço
Do coração do Brasil.
II
O cantar da juriti
Em um galho de angico
Batida do tico-tico
Alegres vivem ali
O cantar do bem-te-vi
De Janeiro a Abril
Lindo, puro e varonil
Sertão já teve cangaço
O sertão é um pedaço
Do coração do Brasil.
III
A sombra do juazeiro
Pra descansar do calor
De uma dia aquecedor
Xique -xique e cardeiro
O galho do marmeleiro
Se contar da mais de mil
O sol quente e ardil
Dá calor e dá cansaço
O sertão é um pedaço
Do coração do Brasil.
IV
Nele se vive feliz
Uma vida natural
Pois é a terra natal
De quem deixa a raiz
Qualquer parte do país
Lembra o sertão hostil
Forte igual um fuzil
Pelo sertão tudo faço
O sertão é um pedaço
Do coração do Brasil.
V
Nele vemos a floresta
Pra muitos lugar eterno
Lá que tem pouco inverno
Quando chove é uma festa
Alegria é o que resta
O verde que coloriu
O céu azul de anil
A vitória sem fracasso
O sertão é um pedaço
Do coração do Brasil.
VI
No meio da tradição
Tem a velha curandeira
Também a mulher parteira
A crença da região
E assim nosso sertão
Ta no verso varonil
Para o leitor gentil
Eu deixo o meu abraço
O sertão é um pedaço
Do coração do Brasil.

Brasília-DF, 14.07.2008
Ilton Gurgel, poeta.

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