AS BRAVURAS DE SEU QUINCA SALDANHA (Poesia de época)
I
Um velho bem respeitado
Que viveu nesse lugar
Tem uma história séria
Agora vou relatar
Por isso que o leitor
Por favor queira escutar.
II
Caraúbas o lugar
Tinha um velho valente
Chamado Quinc Saldanha
Homem sério e potente
Que sem medo de ninguém
Era muito consciente.
III
Seu Quinca ra valente
E tinha muito dinheiro
Possuía objetos
Era grande fazendeiro
Grande rebanho de gado
Animal, porco e carneiro.
IV
Esse nobre fazendeiro
Respeitado e valentão
Ficou muito conhecido
Por toda população
As bravuras recordadas
Pela nossa geração
V
Em certa ocasião
Por lá passa um sujeito
Deixou a cancela aberta
Achava está direito
Seu Quinca por sua vez
Mostrou que tinha respeito.
VI
Chamou logo o sujeito
E a ele ordenou
A passar o dia todo
No que nunca imaginou
Cancela fechar abrir
Assim ele obrigou.
VII
O homem então passou
O tempo todo assim
Debaixo de um sol quente
Achando muito ruim
Pois se ele não cumprisse
Podia se o seu fim.
VIII
E o homem que assim
Ficou o resto do dia
Para ser observado
Estava lá um vigia
Se acaso ele parasse
De chibata apanharia.
IX
Quando foi um certo dia
Quinca mandou o recado
Ao valente Lampião
Cangaceiro afamado
Pra não vir em Caraúbas
Temeu ver o resultado.
X
Deu Quinca bem respeitado
Com arma e munição
Com cabra bom de gatilho
Todos de arma na mão
Esperava a chegada
Do famoso Lampião.
XI
Temendo a reação
E com medo de morrer
Graças a Quinca Saldanha
Caraúbas pôde ver
Lampião e o cangaço
Na estrada a correr.
XII
Muito mais para dizer
Pois o tempo é corrido
Sobre Seu Qunica Saldanha
Foi um velho conhecido
Morreu na Fazenda Alto
Com todo acontecido.
Caraúbas-RN, 19.06.1984
Ilton Gurgel, poeta.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
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