A SECA NO
MEU SERTÃO
I
Um problema
que ocorre
Parece que é
eterno
Nosso Sertão
castigado
Mesmo no
tempo moderno
Sofre com a
falta d’água
E a falta de
inverno.
II
Todo mundo é
fraterno
Com nossa
situação
Os açudes
quase secos
É de cortar
coração
A água se
acabando
Parece sem
solução.
III
A seca no
meu Sertão
É uma
calamidade
A pastagem
toda seca
A água é
raridade
O sufoco é
enorme
De imensa
gravidade.
IV
Além da
fragilidade
Que ficam os
animais
A gente vê
gado magro
Todos dentro
dos currais
Falta d’água
e comida
São os focos
principais.
V
São
problemas cruciais
Difíceis de
acabar
O Sertão com
estiagem
O sol quente
a castigar
Todos os
reservatórios
A tendência
é secar.
VI
Água a
evaporar
Como sofre o
sertanejo
Que reside
no Sertão
E sente
grande ensejo
De ver chuva
no Sertão
Que é o
nosso desejo.
VII
Hoje nosso
sertanejo
Posso dizer
que é forte
Pois resiste
no Sertão
Onde tem o
seu suporte
Em uma luta
que trava
Lutando
contra a morte.
VIII
O Rio Grande
do Norte
Hoje muito
castigado
A exemplo
que ocorre
Em qualquer
outro Estado
Onde existe
o Sertão
Não é fato
isolado.
IX
Deixa até
desanimado
Com a longa estiagem
A nossa realidade
Triste é a
reportagem
Mesmo assim
o sertanejo
Não perde
sua coragem.
X
No Sertão
sua imagem
Hoje é
desoladora
Pra o
abastecimento
Carro-pipa e
adutora
Que recebem
parabéns
De forma
merecedora.
XI
Pra água ter
condutora
Cresce bem o
sofrimento
Precisa de
solução
Pra o
abastecimento
Hoje tem um
quebra-galho
Só para esse
momento.
XII
Também o
atendimento
Pra toda
população
Que sofre
com essa seca
E reside no
Sertão
Eu digo que
é precária
Sem nenhuma condição.
Mossoró-RN, 02.12.2015.
Ilton Gurgel, poeta.
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