terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O RETRATO DO SERTÃO
               I
Sertão velho e querido
Que inspira poesia
O lugar onde nasci
Dele sinto simpatia
Hoje quero revelar
A sua fotografia.
              II
Hoje a tecnologia
Tem a máquina digital
E também o celular
Com todo material
Serve para o amador
E o profissional.
             III
O retrato visual
Hoje do nosso Sertão
É a seca que castiga
Toda nossa região
Onde o agricultor
Perdeu sua plantação.
            IV
Na nossa vegetação
A mata seca queimada
E a nossa caatinga
No Sertão é destacada
Com uma situação
Totalmente delicada.
                   V
Também quase esgotada
Água que tem na barragem
Os açudes quase secos
É uma triste imagem
Peixes e seus habitantes
Perderam a hospedagem.
                 VI
Sertanejo com coragem
Enfrenta esse momento
Depende do carro pipa
Pra o abastecimento
Aumentando no Sertão
O enorme sofrimento.
               VII
Nas estradas tem jumento
Pelo dono abandonado
Magro e passando fome
Também velho e cansado
Junto com mais animais
No Sertão é encontrado.
              VIII
O tempo ensolarado
Nem sombra é encontrada
Pra pessoa descansar
Da sua longa jornada
Com a mata toda seca
Terra seca e tostada.
             IX
Uma marca registrada
É seu enorme calor
Quase que insuportável
De um sol aquecedor
Deixando o sertanejo
Muito mais ser sofredor.
               X
Tem cenas que causam dor
Que ninguém suporta mais
Onde antes eram rios
Não tem mais nem vegetais
Pior quando a gente vê
Caveira de animais.
              XI
Os problemas são reais
Quase que ilimitados
Esperamos no bom senso
Sejam solucionados
Os problemas do Sertão
Que aqui foram mostrados.
              XII
Só com solos irrigados
E poços artesianos
O Governo investir
E incluir nos seus planos
Ver se o Sertão vai ter
Melhorias sem enganos.
      Mossoró-RN, 01.12.2015.
           Ilton Gurgel, poeta.
















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