sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

FAUNA, FLORA E COSTUMES DO SERTÃO.
             I
Nosso querido Sertão
Pela seca castigado
O seu sofrimento vem
Do nosso antepassado
Ele é nosso torrão
Pelos eu filho amado.
              II
Nele que é encontrado
Do mocó ao preá
Macambira e oiticica
 O pé de trapiá
Velame e carnaúba
Imbuzeiro e juá.
            III
Bem-te-vi e carcará
Periquito e gavião
Juazeiro com seu verde
Único da região
Pois a seca já matou
A nossa vegetação.
             IV
Na sua habitação
O canário no pereiro
Jurití faz o seu ninho
No galho do marmeleiro
E o galo de campina
Cantando no tabuleiro.
                V
Porco gordo no chiqueiro
Só não vemos a cotia
Macaco também sumiu
Da nossa ecologia
Não vemos mais animais
Que antes a gente via.
              VI
O Sertão influencia
Nossa arte popular
Forró em   uma latada
Da poeira levantar
No claro da lamparina
A latada clarear.
            VII
Adoro o linguajar
O sotaque é bonito
Totalmente natural
Não causa nenhum conflito
É um lindo idioma
Isso sempre eu repito.
              VIII
Tem o animal aflito
Peba e tijuaçu
Mucura e a jirita
Cobra e também tatu
Para fazer a limpeza
No Sertão tem urubu.
               IX
O sapo é cururu
Asa branca e golinha
Sabiá cantarolando
João-de-barro e rolinha
Pica-pau, galinha d’água...
No terreiro tem galinha.
               X
Ainda tema joaninha
Só vemos quando é dia
Vagalume aparece
O inverno anuncia
E o galo no poleiro
Com a sua cantoria.
             XI
A cascavel se confia
No veneno que conduz
Quem for mordido por ela
Pode orar pra Jesus
Encomendar quatro coisas
Caixão, vela, cova e cruz.
              XII
O nosso Sertão produz
Em imensa quantidade
A riqueza natural
Duma boa qualidade
Quando estamos distantes
Sentimos uma saudade.
      Mossoró-RN, 03.12.2015.
           Ilton Gurgel, poeta.




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