sábado, 5 de dezembro de 2015

RODOVIÁRIA E SUA PRECARIEDADE
               I
Com esta minha rotina
Onde eu escrevo poema
Todo dia um assunto
Sempre dentro dum esquema
Do que eu vou abordar
Parece estranho o tema.
                II
Não é cena de cinema
Minha escrita diária
Sendo a primeira vez
De uma forma primária
Que em versos vou falar
De uma rodoviária.
              III
Duma maneira precária
Todas elas são iguais
Elas cheias de defeitos
Os problemas são gerais
As pessoas são tratadas
Como fossem animais.
                IV
As sujeiras são demais
O banheiro fedorento
Local é considerado
Sendo esse o mais nojento
Muito sujo e seboso
O vaso com o acento.
                V
Causa descontentamento
Não somente o banheiro
Tanta preocupação
Tem todo o passageiro
Lanchonete que explora
Pois só quer ganhar dinheiro.
                 VI
O perigo rotineiro
Medo de ser assaltado
Já que não tem segurança
Mas tem bandido armado
Pertences de passageiro
Todo dia é roubado.
              VII
Também não é respeitado
A chegada ou a saída
Sempe tem um contra tempo
Que atrasa a partida
Prejudica a viagem
Pela forma agredida.
              VIII
Devia ser proibida
Praticar corrupção
Motorista logo quer
Sua contribuição
Em excesso de bagagem
Fazendo exploração.
             IX
Sem nenhuma condição
Funciona a maioria
A equipe de limpeza
Existe na teoria
Sujeira acumulada
Sem fazer auditoria.
              X
A sujeira também cria
Até rato e barata
Insetos de todo tipo
O passageiro relata
Higiene não existe
É situação ingrata.
           XI
Igual caldo de batata
É o serviço prestado
E quem dá informação
Sempre informa errado
Uma falta de respeito
Por quem é despreparado.
              XII
Eu não fui exagerado
Disse a realidade
De uma rodoviária
E a precariedade
Tem que melhorar e muito
Pra ter boa qualidade.
         Mossoró-RN, 05.12.2015.
            Ilton Gurgel, poeta.



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