UM DIA DO TRABALHADOR
I
Meu amigo brasileiro
Aqui eu quero falar
Duma classe operária
Você pode observar
Falar do seu sofrimento
Também do seu caminhar.
II
Aqui eu vou relatar
Com carinho e amor
O pouco de uma vida
De um homem sofredor
Maioria no país
Que é o trabalhador.
III
Do jardim é uma flor
Por ser um homem de bem
Fazendo trabalho honesto
Vivendo num vai e vem
Pois ale de um poeta
Sou trabalhador também.
IV
Trabalho faz muito bem
Seja noite o seja dia
Sempre com dificuldade
Sufoco e correria
E na hora do almoço
Esse vira bóia-fria.
V
Quando termina o dia
Esse vira um cativo
Pega ônibus lotado
Ai tem que ser ativo
Quando volta para casa
Não sabe se volta vivo.
VI
Não perde o incentivo
Apesar do sofrimento
Muitos carros pela rua
Maior engarrafamento
Sendo muito humilhado
E o trânsito bem lento.
VII
Não perde nesse momento
A força e a coragem
Produzindo a riqueza
Deixando sua imagem
De um trabalho puxado
Para isso tem bagagem.
VIII
No trabalho tem coragem
Apesar da humilhação
Que sofre todos os dias
Do chefe ou do patrão
Sem nada reconhecer
Sem saber dá o perdão.
IX
É uma decepção
Na hora do seu salário
Acaba no mesmo dia
Marcado no calendário
Tanta conta pra pagar
Por torna-se usuário.
X
Puxa saco autoritário
Pra humilhar tem o dom
Quando vê o contra-cheque
Fala que ta muito bom
Não é ele quem enfrenta
A inflação com o tom.
XI
Como fosse um kibom
Na mão de uma criança
Para o trabalhador
Só resta a esperança
De ter um dia melhor
Pois disso tem confiança.
XII
Assim falei com bonança
Sobre o trabalhador
Que tem pouca assistência
E poucos lhe dão valor
Com certeza protegido
Por Jesus Nosso Senhor.
Brasília-DF, 01.05.2008
Ilton Gurgel, poeta.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
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